Eunice Martins dos Santos, de 47 anos, teve a mão direita prensada por um aluno, em uma porta e perdeu a ponta do dedo indicador na escola municipal onde dá aula, em São Bernardo do Campo, no ABC.Assisti a uma reportagem sobre uma professora que adquiriu Síndrome do Pânico, após ter sido ameaçada na escola onde lecionava. Ela não pode nem sequer passar perto da escola onde ensinava que seus batimentos cardíacos vão para praticamente 160 bpm!
Adquiriu depressão.
Alunos estão se transformando em monstros.
Mas eles não são totalmente culpados de tudo isso. Não os vejo como culpados apenas, eu os vejo como vítimas.
Um assaltante não é totalmente culpado dos seus atos. Pode vir alguém de imensa moral me dizer, "sou pobre, trabalhei duro. Vivi com uma família pobre e nem por isso virei ladrão!". As coisas não são tão simples assim.
Falo sobre o assaltante fazendo uma comparação com os alunos agressivos e ameaçadores. Eles são vítimas que fazem vítimas.
São vítimas de uma má educação familiar e escolar.
Coitados dos alunos que descartam a escola, não percebem que ela é o único meio que tem de "se salvar", apesar da má qualidade de ensino que ainda paira pelas escolas públicas brasileiras. Coitados deles por receberem tão má educação em casa e tão má educação na escola.
Com isso, notícias como essa se repetem. Alunos agredindo professores, professores agredindo alunos, etc.
No caso da professora, ela foi uma grande colaboradora, pois até o cartunista Ziraldo ela conseguiu levar para a tal escola.
Uma pessoa que se formou por amor a educação, foi destruída e enxotada do ambiente onde lecionava pelos próprios alunos que ajudou. Um desperdício, infelizmente.
Confesso que esse é o tipo de assunto que me cansa, e nunca deixo de falar: o maior culpado é o estado, o governo, por não oferecer condições seguras para que os docentes possam lecionar sem preocupações. Assim como a família tem uma parcela de culpa, juntamente com a escola.
Gostei muito desse texto...
ResponderExcluirSó discordo quando você diz que o maior culpado dessa situação é o governo. Não há o maior culpado e sim vários culpados. Governo, família, o próprio sistema capitalista, consumismo, mídia, valores, costumes, natureza do ser humano. Todos eles são culpados por essa situação.
Acho que ué uma situação difícil e complexa. Violência é um problema não muito fácil de resolver porque depende de todos os fatores que eu citei.
Não acredito que o governo sozinho conseguirá resolver esse problema. Primeiro porque vivemos num país capitalista que já poe todos os cidadãos em pé de desigualdade; segundo que vivemos numa sociedade extremamente consumista que inverte necessidades e impõe a cultura do ter em detrimento do ser; terceiro a própria cultura brasileira que de certa forma se vangloria do famoso "jeitinho brasileiro", o jeitinho de conseguir as coisas de modo mais fácil não necessariamente seguindo a lei; quarto a família que muitas vezes não tem condições, econômicas ou psicológicas, de criar e educar corretamente o filho; quinto o ambiente que esse indivíduo cresce e a rede de relacionamentos que também influenciam muito as noções de certo ou errado; sexto a própria natureza humana, que tem seu lado violento que seria necessário num Estado de Natureza, embora atualmente seja de certa forma inútil.
O buraco é mais embaixo e a única coisa que o governo pode fazer para combater tudo isso é reprimir, reprimir e reprimir ou já adotar logo um modelo de pena de morte. rsrs
Gostei muito desse texto...
ResponderExcluirSó discordo quando você diz que o maior culpado dessa situação é o governo. Não há o maior culpado e sim vários culpados. Governo, família, o próprio sistema capitalista, consumismo, mídia, valores, costumes, natureza do ser humano. Todos eles são culpados por essa situação.
Acho que ué uma situação difícil e complexa. Violência é um problema não muito fácil de resolver porque depende de todos os fatores que eu citei.
Não acredito que o governo sozinho conseguirá resolver esse problema. Primeiro porque vivemos num país capitalista que já poe todos os cidadãos em pé de desigualdade; segundo que vivemos numa sociedade extremamente consumista que inverte necessidades e impõe a cultura do ter em detrimento do ser; terceiro a própria cultura brasileira que de certa forma se vangloria do famoso "jeitinho brasileiro", o jeitinho de conseguir as coisas de modo mais fácil não necessariamente seguindo a lei; quarto a família que muitas vezes não tem condições, econômicas ou psicológicas, de criar e educar corretamente o filho; quinto o ambiente que esse indivíduo cresce e a rede de relacionamentos que também influenciam muito as noções de certo ou errado; sexto a própria natureza humana, que tem seu lado violento que seria necessário num Estado de Natureza, embora atualmente seja de certa forma inútil.
O buraco é mais embaixo e a única coisa que o governo pode fazer para combater tudo isso é reprimir, reprimir e reprimir ou já adotar logo um modelo de pena de morte. rsrs
Bem, quando digo o governo, digo que ele tem o poder (monetário), capaz de investir me programas de formação para a população. Digo que é do governo, pois pra mim isso é tudo uma falta de investimento em educação.
ResponderExcluir