quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Vivendo em favor dos pais

http://paisporjustica.blogspot.com/2010_04_01_archive.html


Já vi muitos casos de filhos que vivem em favor dos pais. Geralmente é a galera que faz tudo o que eles querem, só pra não magoar os velhos.

Isso é ruim.

As vezes acontece algo de muito ruim com o filho, e por não querer trazer preocupação ou stress para os pais, escondem o problema, se calam, se omitem, persistindo no sofrimento.

As vezes o carinha passa por coisas ruins na escola.
Na universidade.
No trabalho.

As vezes sabe que tem uma doença, mas não fala para os velhos.

Não pôem na cabeça que os pais podem ter uma parcela menor desse sofrimento, mas que tem a maior parcela são eles mesmos, os filhos.

São educados a não serem eles mesmos, a serem o que os outros querem. Suas vontades não tem relevância e nem importância. Não são nada.

Fatores como falta de carinho, amor, atenção, zelo, etc. contribuem para a criação de um indivíduo assim e existe algo de muito ruim nisso: a sociedade não vai aceitar um indivíduo assim. Ele pode não sobreviver muito tempo nela.

http://tevescopio.blogger.com.br/2008_11_01_archive.html

A sociedade em geral, as pessoas que querem mudar a sua realidade, precisam de pessoas decididas, que se conheçam e que possam saber quem são, para que possa ter vez e voz. Alguém que sempre foi acostumado a fazer o que os outros querem pode não ter essa capacidade, e é aí que mora a diferença de uma boa e uma má educação na infância.

Você pode vir dizer que criou bem os seus filhos, mas só vai saber disso se ver que tipo de adulto ele será.

Uma criança que recebeu muito amor e carinho na infância, pode ser tornar um adulto forte e feliz no futuro. Ele vai saber que tem valor, e que merece o devido respeito. Ele vai saber que suas vontades, quando justo, devem ser saciadas. Ele vai saber dos seus direitos e deveres perante a sociedade. Vai saber decidir sobre a própria vida.

Uma criança que não recebeu, não vai saber o que é isso, e pode se tornar um adulto infeliz e fraco no futuro. Ele pode não se dar valor, e pode não exigir respeito dos outros. Ele pode achar que está pecando em achar que suas vontades devem ser saciadas, que acha que é muito atrevimento, audácia, egoísmo. Não vai se interessar pelos seus direitos e pode nem sequer saber dos seus deveres como cidadão. Pode se tornar alguém manipulável por durante toda a vida.

http://thaismacieira.blogspot.com/

É claro que isso pode não ser uma regra geral, mas não é de se jogar fora.

É isso que você quer para seu filho(a)?

É algo importante para se refletir, não é?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Educadores com mãos geladas...

Eunice Martins dos Santos, de 47 anos, teve a mão direita prensada por um aluno, em uma porta e perdeu a ponta do dedo indicador na escola municipal onde dá aula, em São Bernardo do Campo, no ABC.

Assisti a uma reportagem sobre uma professora que adquiriu Síndrome do Pânico, após ter sido ameaçada na escola onde lecionava. Ela não pode nem sequer passar perto da escola onde ensinava que seus batimentos cardíacos vão para praticamente 160 bpm!

Adquiriu depressão.

Alunos estão se transformando em monstros.

Mas eles não são totalmente culpados de tudo isso. Não os vejo como culpados apenas, eu os vejo como vítimas.
Um assaltante não é totalmente culpado dos seus atos. Pode vir alguém de imensa moral me dizer, "sou pobre, trabalhei duro. Vivi com uma família pobre e nem por isso virei ladrão!". As coisas não são tão simples assim.

Falo sobre o assaltante fazendo uma comparação com os alunos agressivos e ameaçadores. Eles são vítimas que fazem vítimas.

São vítimas de uma má educação familiar e escolar.

Coitados dos alunos que descartam a escola, não percebem que ela é o único meio que tem de "se salvar", apesar da má qualidade de ensino que ainda paira pelas escolas públicas brasileiras. Coitados deles por receberem tão má educação em casa e tão má educação na escola.

Com isso, notícias como essa se repetem. Alunos agredindo professores, professores agredindo alunos, etc.

No caso da professora, ela foi uma grande colaboradora, pois até o cartunista Ziraldo ela conseguiu levar para a tal escola.

Uma pessoa que se formou por amor a educação, foi destruída e enxotada do ambiente onde lecionava pelos próprios alunos que ajudou. Um desperdício, infelizmente.

Confesso que esse é o tipo de assunto que me cansa, e nunca deixo de falar: o maior culpado é o estado, o governo, por não oferecer condições seguras para que os docentes possam lecionar sem preocupações. Assim como a família tem uma parcela de culpa, juntamente com a escola.