domingo, 26 de dezembro de 2010

Ensaio Sobre A Cegueira

http://flamesmr.blogspot.com/2010/07/filme-ensaio-sobre-cegueira.html

José Saramago foi um escritor Português. Além disso, ele foi argumentista, dramaturgo, jornalista, romancista, contista, e poeta. Recebeu váris prêmios como o Nobel de Literatura de 1998.

Nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, ainda que o registo oficial mencione o dia 18. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não havia completado três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades econômicas.
Saramago faleceu no dia 18 de Junho de 2010,[3] aos 87 anos de idade, na sua casa em
Lanzarote onde residia com a mulher Pilar del Rio, vítima de leucemia crónica.[4] O escritor estava doente havia algum tempo e o seu estado de saúde agravou-se na sua última semana de vida.

O seu funeral teve Honras de Estado, tendo o seu corpo sido cremado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa.

Debeladas as controvérsias a que nunca se furtou e que interventivamente procurava, a marca que ficará na mente e coração do Povo Português será o legado que José Saramago deixará e isso compete à história decidir .

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Saramago; http://www.caleida.pt/saramago/

Foi da mente deste que saiu uma das mais famosas obras literárias, Ensaio Sobre A Cegueira. Bem, confesso que nunca li, apenas vi o filme, portanto minha sinopse se baseará no filme:

Em uma cidade, um surto de cegueira branca se inicia, começando por um homem. Logo após o primeiro caso, outras pessoas começam a manifestar o mesmo quadro de cegueira branca. Exclusivamente, um médico oftalmologista (Mark Ruffalo) também apresenta o mesmo quadro clínico, após ter consultado o homem que ficou cego primeiro. A única pessoa que não fica cega é sua mulher (Julianne Moore). Desde aí, se inicia uma luta pela convivência entre uma mulher que vê e todos os outros que não vêem.

(CONTÉM SPOILERS*)

Bem, o filme é de Fernando Meirelles, e achei um filme muito bonito visualmente. Algumas cenas dão ênfase ao branco, preto e variações, que dão ao filme um ar meio gélido, frio. Em algumas cenas nos são oferecidos os lugares dos personsagens para ocupar: nos tornamos a câmera e passamos a enxergar tudo em terceira dimensão, ficamos presentes. Esse tom esbranquiçado muda em algumas cenas, como quando eles vão para o sanatório, e quando escurece.

O filme não se concentra em mostrar que cidade é aquela. Confesso que nem sequer lembro se eles tocam no nome dos personagens do filme, parece que a ênfase (logicamente), é maior na história. É uma abordagem de como seria se todos ficassem cegos de uma hora a outra. Nota-se que o contagio é tão grande (isso se é mesmo um contagio, pois o filme nos mostra que pode se tratar de contagio, mas como a ministra da saúde pode ter sido contagiada?), que cada pessoa em cada lugar começa a manifestar a cegueira branca.

Não se trata da ausência de luz, se trata de claridade que ofusca a visão das pessoas. Em vez de estarem em meio a escuridão, eles estão em meio a claridade, mas cegos. Eles não vêem diante de tanta claridade. A realidade é escura, apesar de eles verem tudo claro.

Ele (Saramago) explora todos os limites que o ser humano ultrapassaria se estivesse exposto a uma situação como essa. No filme, todo o egoísmo que o instinto de sobrevivência traz é posto pra fora. Esse sentimento egoísta obriga as pessoas a tomarem atitudes insensatas, de violência, discriminação até atitudes autoritárias e ditatoriais, assim como a falta de zelo para com os doentes.
Interessante como que, os indicados para cuidar dos cegos não sejam médicos oftalmologistas, mas sim soldados do exército que nem sequer eles mesmos se salvam do surto de cegueira.

É justamente na situação da cegueira que todos começam a mostrar quem são de verdade. A cegueira fez as algumas pessoas se unirem e darem valor a sensibilidade, lembrando da cena em que eles tomam banho de chuva e se emocionam por terem tido aquela oportunidade. Nessa hora a gente se pergunta se, caso eles estivessem enchergando, se eles iriam se expôr a essa possibilidade.

Interessante que no filme existem dois cegos de nascença, que tem mais experiência em sobreviver como cegos, mas há uma distinção entre eles. O cego que é interpretado por Danny Glover, tem mais caráter que o outro cego, que é aquele que se une aos homens da Ala 3, aquela a qual propõe liberar comida à ala que oferecer suas mulheres. A escolha para a entrega não parte dos homens, apesar de seus conflitos. Elas se entregam pensando no coletivo, mesmo que pra isso tenham que ferir sua dignidade feminina. Apesar de cegas, elas escolhem o que fazer para o bem dos outros.

Pra finalizar, indico que assitam a esse filme e tirem suas próprias conclusões, e se quiserem podem postar os comentários aqui, que eu irei ler.



Abraços!

\o

*Partes do filme que quem ainda não viu, recomenda-se que não leia.

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