sábado, 25 de dezembro de 2010

Você Individual

http://cezar-minhavida.blogspot.com/2010/07/maquina.html

Li uma matéria interessante na revista Galileu, falando sobre o Guru das Companhias, como a Coca-Cola, IBM, McDonald’s, Samsung, Nestlé e Procter & Gamble. Ele se chama Richard Watson um inglês que trabalha como aconselhador de empresas.

Na matéria ele faz a seguinte citação:

"Há muitos falando sobre os aspectos bons dos celulares e do Google, mas há um outro lado. Passamos os dias andando pela cidade e olhando para uma tela de iPod ou BlackBerry e prestamos menos atenção nas pessoas ao redor. Estamos construindo bolhas onde nunca somos confrontados com ideias divergentes: selecionamos só as informações e os amigos que mais nos agradam. Isso não é bom para o pensamento e para a sociedade. "

"O digital cria um nível de conectividade, mas destrói outros. Estudo feito há 10 anos mostrou que 10% dos americanos diziam não ter amigos para conversar em profundidade sobre o que sentem. Hoje, esse número subiu para 25%. "

Pode soar como um papo de um sensasionalista, tipo Arnaldo Jabor, Datena, etc.

Mas o fato é que estamos nos isolando das outras pessoas. Temos a crença de que devemos descartar as pessoas que "não prestam" da nossa vida. Que dimensão tem esse "não prestam"? O que não se presta se joga fora, pois não serve pra mais nada...se joga fora alguma pessoa? Somos tão perfeitos ao ponto de sermos prestativos e descartar quem não presta, ou seja, também não vamos prestar mais, daí seremos obrigados a nos jogar fora também, ou que nos joguem. Se fosse assim, eu já devia ter sido jogado há muito tempo...
Selecionamos apenas o que é bom pra nós. O que nos é interessante, nos é de prestativo. Daí vamos nos acostumando a comodidade, sem experimentar as coisas de fora, sem perceber que o sofrimento também nos faz crescer...daí deixamos de lado aquilo que nos desagrada, tendo que escolher apenas o que nos agrada ou quem nos agrada. Deixa-se de ter outras vivências, outras experiências. Se recolhem informações na memória que são, possivelmente, as mesmas de sempre. Sempre mais do mesmo...
Creio eu que se não houvesse toda essa, artificialidade atual, as coisas seriam bem menos...falsas. Seriam NATURAIS.
Sempre temos o que queremos, sempre passamos onde queremos e sempre queremos sofrer aquilo que está no nosso caminho. Sofrer outras coisas que são fora da nossa linha objetiva, de caminho profissional, estudantil, pessoal, etc. não nos é interessante. Tem-se apenas um olhar sobre as coisas, esquecendo de ter outros olhares. Os julgamentos da mente não mudam, continuando estáticos.
Comunidades do orkut, blogs (como este), sites, msn, etc. onde as pessoas se expressam. Não conseguem se expressar na vida real mas se expressam na net. Acostumam-se, pois lá sempre irão ter vez pra falar, em vez de gritar pela vez de abrir a boca. Entrando em conversas on line instantâneas onde você não consegue interpretar direito o que uma pessoa está dizendo a você, daí pode ocorrer a discórdia, já que ninguém entende algo da mesma maneira que você. Quantos desentendimentos vieram de orkut e msn na sua vida? Quantas vezes você brigou só porque não colocaram a sua foto num álbum de orkut, ou leu algo que te ofendeu?

Presta-se muita atenção nas besteiras que a mídia diz, na televisão, na net, etc.

DEVE SER POR ISSO QUE A ARTE É TÃO EMERGENCIAL NA ATUALIDADE.

Você pode andar na rua e eu te chamar, mas você não me ouve, pois está com um fone de ouvido conectado a um mp4. Isso se eu não te fazer um "psiu" e você não querer ver, por achar que tem alguém mechendo, querendo zoar você.

Bem, vou escrever mais coisas, mas não posso agora, pois aqui estão vendo o DVD da Ana Carolina num som altíssimo, e nem tenho como me concentrar direito.

Até mais!

\o

Reportagem da Galileu: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI190214-17771,00-FUTURO+DESUMANO.html

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