quarta-feira, 21 de julho de 2010

Morar com os amigos



Friends, série que conta histórias de amigos que praticamente moram juntos.

Já foram várias as vezes que discuti com alguns amigos como seria essa possiblidade. Quando imagino isso, sinto uma alegria, felicidade, como se fosse um sonho a se realizar.
Você não moraria num local onde tem que seguir regras que as vezes nem sequer lógica tem, já que muitas das normas de uma casa de família, vem de tradições que os nossos pais herdaram. E cá pra nós, essas tradições, na sua grande maioria, não têm fundamentos.
Você teria voz, de um certo modo, já que estaria no mesmo "nível" de seus amigos, em vez de estar numa hierarquia criada por alguns pais.
Teria com quem conversar, já que teria pessoas que compartilham praticamente dos mesmos gostos.
Assim como teria que aprender a lidar com pessoas que apesar da afinidade, podem ter muitos costumes e hábitos diferentes dos seus.
Teria que tolerar os pensamentos e idéias alheios.

Seria uma liberdade que você não tem em casa.

Na verdade, esse é um dos motivos que levam muitos jovens a evasão: a não liberdade em casa.


Não tem liberdade de falar o que pensa. Não podem fazer o que querem no único espaço que existe (e não, não defendo a libertinagem ou a traquinagem. Não é disso que eu falo). Os pais não passam a confiança para que possam ser vistos como amigos dos filhos. Raros são esses pais que passam.


Não maioria das famílias não existem os pais amigos, existem apenas os pais.
Porque o jovem não vai ver com os mesmos olhos o amigo do colégio, o pai ou a mãe, já que existe uma tendência em se criar essa hierarquia, onde os filhos ficam abaixo.
Não existe uma igualdade, onde sejam respeitadas a identidade e a personalidade do adolescente ou criança.

Fazendo uma ponte entre as duas idéias acima, elas se tornam um dos maiores motivos dessa utopia de se morar com os amigos: a responsabilidade de ter liberdade.

Concluindo, espero que o futuro possa nos trazer pais e filhos que tenham a capacidade de se tolerarem e de saberem relevar suas diferenças, para que aí sim possam existir famílias mais unidas.

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